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PRESERVAÇÃO

RESERVA PARTICULAR DE PATRIMÔNIO NATURAL

VALE DAS ARARAS

Com uma área de 54 hectares, a Reserva Particular de Patrimônio Natural Vale das Araras tem como principal objetivo garantir a preservação da biodiversidade em uma das mais belas regiões de cerrado do Brasil.

 

Situada na zona de amortecimento do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a RPPN Vale das Araras é um dos elos da cadeia de preservação do entorno do parque, pois propicia abrigo e fonte de alimentos para várias espécies animais que habitam a região, formando um corredor ecológico em meio as áreas já modificadas pela ação do homem.

 

Sua riqueza natural constitui-se de áreas de cerrado nativo com formações típicas deste bioma como campos de cerrado e matas seca, ciliar e de galeria. No interior destas áreas é frequente o avistamento de exemplares da fauna local ao longo das trilhas. Dentre os animais, o maior destaque vai para as aves cujo número de espécies pode chegar a 300, das quais mais de 160 já foram identificadas.

 

Além dos aspectos naturais, a RPPN também preserva um rico patrimônio histórico e cultural. Ao longo do rio São Bartolomeu encontra-se um sistema de canais para desvio de água construído pelos Bandeirantes há mais de 200 anos. Atualmente desativados, estes canais foram utilizados na mineração de ouro e constituem um importante registro de nosso passado e do processo de colonização do interior do país.

 

Alguns trechos destes canais foram utilizados como trilhas nas quais os visitantes têm a oportunidade de conhecer um pouco sobre o trabalho dos primeiros desbravadores da região. As trilhas da reserva têm como destino o rio São Bartolomeu e sua bela cachoeira, onde os visitantes podem se refrescar depois da caminhada e curtir as belezas do cerrado.

 

Mantendo o foco na preservação, as atividades de ecoturismo desenvolvidas têm um cunho de educação ambiental, pois os visitantes recebem informações sobre a reserva e o cerrado, sendo convidados a auxiliar na preservação do local. Para grupos são realizadas palestras informativas e de conscientização.

 

A criação da RPPN Vale das Araras agregou uma pequena área ao conjunto de reservas e parques que preservam o cerrado, porém sua importância na região é muito grande visto que ela compõe um corredor de áreas protegidas que liga o Parque Municipal do Lavapés ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, garantindo a manutenção da biodiversidade para as futuras gerações.

 

Depois da mata atlântica, o cerrado é o ecossistema brasileiro que mais alterações sofreu com a ocupação humana. A expansão do agronegócio e a mineração representam os maiores fatores de risco para o cerrado, pois são atividades que destroem e fragmentam o bioma.

 

Devido à ação do homem, através do desmatamento e das queimadas, o cerrado passou por grandes modificações que alteraram os diversos habitats e colocam espécies em risco de extinção, como o tamanduá-bandeira, a anta, o lobo-guará, o tatu-bola, o tatu-canastra, o veado-campeiro, o cachorro-vinagre e a onça-pintada, entre outros.

 

Os poucos blocos de vegetação nativa ainda inalterada no cerrado devem ser considerados prioritários para implementação de áreas protegidas, já que apenas uma ínfima parte do cerrado encontra-se oficialmente em unidades de conservação.

 

Por estas razões, unidades de conservação de proteção integral, como os parques nacionais, e outras de uso sustentável, como as reservas privadas, devem ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões deste bioma a fim de garantir o futuro do maior número de espécies da fauna e flora que compõem a rica biodiversidade do cerrado.

 

A reserva foi reconhecida pelo IBAMA através da portaria nº 42, em 01 de julho de 2005 e ampliada para 54 hectares em 27 de agosto de 2021 através da portaria nº 542 do ICMBio.

 

O Plano de Manejo da RPPN Vale das Araras foi elaborado com o apoio da FUNATURA por meio do Projeto de Estabelecimento de RPPNs no Cerrado com recursos do GEF (Global Environment Facility) e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e revisado após a ampliação da reserva pela GeoPlan Consultoria Ambiental, com recursos do CEPF (Critical Ecosystem Partnership Fund) através de projeto apresentado pelo Instituto Oca Brasil.

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